9.5.14

#DL - Ma dai, Roberto!?!

tema de abril: HYPE DO MOMENTO

(Já vi uma palestra sobre Dan Brown ser intitulada "Má literatura de alta qualidade". Eu, particularmente, prefiro chamar de "Harry Potter para adultos". O cara escreve, diverte e vende bem. Por que não lê-lo?)

Pois bem. Robert Langdom continua o mesmo. Rodando enlouquecido por uma cidade maravilhosa, cada vez acompanhado de uma mulher mais fascinante e misteriosa que a anterior (Alô, Sr. Édipo, favor comparecer ao balcão de informações!), e sempre atrás de uma obra de arte que lhe explique o sentido da vida. Desta vez o cenário é Florença, a companheira de aventuras é uma médica inglesa superdotada, e a obra é A Divina Comédia de Dante. A diferença está em uma inexplicável amnésia, e no fato de o próprio governo dos Estados Unidos estar à sua caça. Ou não.

"O poeta não morreu, foi ao Inferno e voltou"

Desde que li "O Código da Vinci", creio que a maior graça dos livros de Mr. Brown seja conhecer os locais visitados. A pesquisa de locações (por assim dizer) do cara é excepcional... e a trama enrola-e-desenrola, embora atraia a atenção do leitor, para mim acaba ficando em segundo plano. Inferno não foge da fórmula: vamos juntos numa corrida maluca para salvar o mundo. Se a motivação não for nobre o suficiente (e, neste livro, é), a paisagem fará tudo valer a pena. Minha cereja no bolo - ATENÇÃO! POSSÍVEL SPOILER - foi a passadinha relâmpago por Veneza, mesmo que tenham reduzido a cidade à Basílica de San Marco.

Agora, sinceramente, os casos platônicos do protagonista já deram o que tinham que dar. As langdom girls, que são pouco mais que bond girls com cérebros, aparecem no começo do livro e somem para sempre no final. Blá blá blá. São lindas, deixam o cara com as calças na mão, posam de vítima, dão um selinho nele e vão embora. Sem graça, hem?

Se até 007 se casou, acho que estava na hora do Professor Langdom ter uma parceira à sua altura. Alguém com menos forma e mais conteúdo. É só uma dica.


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