14.8.09

Minha aventura individual:

(03/08) Da França até a Holanda, o que deveria ter sido uma curta linha reta virou um quadrilátero cheio de pitstops... Às seis da manhã peguei um táxi para o aeroporto, indo para Londres. Uma hora e meia no Terminal 5 de Heathrow, e peguei o proximo voo para Frankfurt. De lá, imediatamente, um trem para Utrecht (puxando 25kg de mala com um carrinho empenado, embarcando e desembarcando, tá?) e outro para Den Haag.

Minha amiga me aguardava com a família toda, inclusive o "lovey". Naquela noite, rolou só um chazinho e um update de meninas. Apaguei no quarto do sótão que separaram para mim, levantando na terça-feira às 11h bem descansada, mas com os tornozelos ainda em forma de bolinha (e assim foi até o fim da viagem)... para à tarde passearmos pelo centro de Wassenaar (sorvete, mais fofoca e supermercado). O jantar foi uma prática carne com molho de sopa de cebola e fui, então, apresentada ao vla: um flan derretido cremoso, este com sabor torta de maçã e passas - o melhor dos que provei.

Na manhã seguinte, pus uma roupinha de fazer obra e acompanhei a Ariane e seus pais - de Betty! - ao apê novo, lixando as moldurinhas da parede do que será o quarto de hóspedes (portanto, era de meu interesse que ficasse bem feito o trabalho, HEHEHE) e do corredor. Uma boa chuveirada para tirar o pó e lavar os cabelinhos com John Frieda Collection, e catamos novamente a Betty, indo a Delft. Na volta comemos um bratwurst mit kartoffeln, cortesia de Mamma Doepfner, e nos encaminhamos para a praia (o povo acha que AQUILO é perto!) para provar os universalmente famosos (para eles) poefertjes, que nada mais são do que panquequinhas... que eu desavergonhadamente incluiria no café da manhã, no lanche da tarde, mas nunca chamaria de sobremesa.

Mais um dia nos gostosos e ensolarados Países Baixos: peguei um trem para o Brooklyn (Breukelen) local para visitar Tati, Tiago - com quem almocei, brinquei, fui a Utrecht e me perdi na volta - e Davi, passando horas de deleite. Depois tomei um vinho (cocktail nuts, schnapps... sacumé) com meus anfitriões de casa e ficamos na varanda jogando conversa fora até que anoitecesse de vez.

Seis de agosto foi uma sexta-feira, que aproveitei para, finalmente, conhecer o mercado de queijos de Alkmaar. A cidade vive em função disso, me parece. Carregadores, inspetores, o pai do queijo, o Museu, as provinhas na feira, as vendedoras em trajes típicos, até a multidão internacional (na dúvida de qual caminho tomar? Siga os japoneses!); tudo esteve uma delícia. Parando em Haia, carregamos e descarregamos o carro e levamos toda a tábua corrida do chão lá para cima, mas fomos depois recompensados com uma sopa (de volta a casa) gostosíssima de lentilha, linguiça e batata... e mais vla. Comi tanto que quase não consegui tomar o chá mais tarde.

Aí, após o café do sábado, me deixaram o aeroporto para um voo ruim (pense num assento na porta do banheiro que não reclina! pense numa tarifa que não incluia nem água! pense num chá de 3 euros! pense num avião que balançou! pense num ouvido que entupiu!) de Amsterdam a Oslo, quando e onde re-encontrei minha comadre e seu maridão norueguês.

Como ambos estavam tresnoitados de um casamento, jantamos (salsichas com batata - "uma refeição europeia") e ficamos em casa mesmo. No domingo, dia 08, após um master-blaster café da manhã com ovo cozido, patê de caviar e peixe agridoce em conserva, fomos tomar chuva na cidade. Tomei um 'mocca cafe' ao lado do aquecedor de mesa (acho até que bronzeei a bochecha direita) e papeamos com um garçon de Uberlândia, antes de seguir pela Karl Johanns Gata para o Castelo Real, os museus em que não entramos e o Vigelands Park. Lindo. Jantamos pizza no buffet e retornamos ao ninho.

No dia seguinte acabei de gastar meu bilhete de 24 horas e comprei um Oslo Pass para usar terça e quarta; andei mais uma vez a "Carlos João" toda e fui ao cinema - estava chovendinho - ver o último Harry Potter (com as boas graças de Deus, legendado). À noite experimentei sodd, uma sopa típica do norte da Noruega, coisa de viking macho! HAHAHA, com bolinhas e carninhas...

Então, aproveitando meu passe de 2 dias, tentei pegar (contudo, no lugar errado e com 20 minutos de atraso) um sightseeing; me guiei sozinha mesmo pelas ruas e atrações culturais de Oslo: a Galeria Nacional, o Tullinløkka, um centro Georges-Pompidou dos pobres com sua exposição pop art, o Museu Histórico Cultural, o Nobel Peace Prize Center e as ruas do sul até a Sentralstasjon, em que encontrei a Paulinha e me informei melhor sobre a saída do city tour. Nessa noite, tivemos um empolgante jantar em família com o irmão e a nova cunhada, filipina, do Brede.

Na quarta-feira, último dia de excursão, gás total: emendei o "Oslo Gran Highlights" (Vigelands Park, Holmenkollen, Viking Ship Museum, Kon Tiki e Fram [Polar Ship] Museum, terminando na Opera House - um iceberg de mármore Carrara) com o "Fjord Classic Sightseeing" em companhia da pitoresca Ruthie ("You look like Iggy Pop"), seus pais, a fofa guia Marie e vários italianos.

Já em ritmo de volta, acordei às 6 da manhã e comecei a peregrinação que incluiu 4 horas no Terminal 3 do aeroporto de Heathrow (cadê o cinema? me enganaram???), gastando em pounds e fazendo um intensivo sobre as escritoras britânicas de livros-mulherzinha. Com a bolsa empacotada de cookie norueguês e bagel novaiorquino/londrino, cheguei às 6 da tarde em Lisboa (e, por mais que a vontade de conhecer algum novo pedaço da capital portuguesa fosse grande, fiquei no hotel arrumando as bagagens - e curtindo uma hospedagem quatro estrelas, lógico, que eu não sou boba nem nada)!

Às sete e meia da manhã seguinte, então, desci, paguei 14 euros (nem calculo mais o prejuízo!!!) pelo 'pequeno-almoço' e me encaminhei para o derradeiro voo dessa epopeia de um mês. Viajei ao lado da Dona Aparecida, de Dourados/MS, que tinha ido ver a filha e o netinho. O avião passou poucos e espaçadíssimos filmes, mas, com a distração do pequeno Nathan (que, mais ou menos às duas da tarde - hora do Brasil - despertou e resolveu conversar conosco), conseguimos chegar.

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