Gal Costa, que já deixou sua marca em canções de Zeca Baleiro e Herbert Viana, agora resolve atacar de Onde Deus Possa me Ouvir. Ai ai, coitado do mineirinho!
Em grande parte, sua música é intimista, feita para o "voz e violão" nosso de cada dia. Ou, quando não, ele chama uma Elza Soares da vida para escrachar de vez. Ainda assim, são melodias levinhas. De que outro modo ele sobreviveria até à gravação de um clone dos Aviões do Forró?
Totalmente oposto ao frescor de um novo talento cantando um clássico é ouvir alguém que teve seu momento (vejam bem: Barato Total é uma delicia, Doces Bárbaros é como o sol entrando por uma fresta da cortina, Um Dia de Domingo e Chuva de Prata são imbatíveis) imprimindo um estilão fossa a composições tão singelas... Meio como a interpretação de Antonio Banderas, no Oscar de 2005, para a delicadésima Al Otro Lado del Rio. Nem Jorge Drexler, o pai da criança, gostou; comentou que não era nada daquilo que ele queria dizer.
Agora imaginem se o Pavarotti tivesse gravado Olhos nos Olhos, do Chico... Ia parecer melancia com feijão.
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