Foi o que o diretor/roteirista/escritor Darren Aronofsky usou como subterfúgio para fazer Fonte da Vida. Sem brincadeira, o compadre deve ter chupado uns quatro selinhos. Nem Hugh Jackman ao cubo (ele interpreta um totoso em três épocas distintas da história) vale o ingresso!
O filme, em dados momentos - do que os poucos privilegiados que conseguiram entender o enredo chamam de terceira parte - parece comercial de perfume. Quem já assistiu à peça de Hilary Swank para a nova fragrância de Guerlain tem noção do que isto significa. Sem pé nem cabeça, o roteiro costura de forma frankensteiniana a cura do câncer à Inquisição Espanhola e Shibalba, a árvore da vida. Personagens navegam em bolhas e grandes explosões de luz dourada cegam os expectadores no escurinho do cinema, com destaque especial para Mr. Jackman careca, coberto de base e tatuagens, flutuando na posição de lótus... Sim, é isso mesmo.
Ele baba. Ela (Rachel Weisz, de "A Múmia" e "O Jardineiro Fiel") não limpa as unhas. Questões fundamentais da existência que ficam sem resposta.
O cartaz pergunta: O amor pode ser eterno?
A resposta é: Sim, mas aparentemente isso tudo é muito confuso
[Vejam bem! O argumento não é ruim. O enfoque é que foi, digamos, um pouco lisérgico demais.]
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