29.5.14

#DL - Sobre elefantes e agentes secretos

*Nota da autora: perdi tudo que havia escrito aqui, então terei de começar de novo. Talvez a empolgação falhe um pouco - sejam solidários à minha dor! HEHEHE* 

tema de maio: BICHOS!

(Valia qualquer animal. Como não sou consumidora de Marleys e afins, porque já basta eu me esbugalhar de chorar vendo os filmes, achei um único título que se encaixava no perfil... de Agatha Christie! E o livro, comparado aos "tijolos" dos meses anteriores, era fininho. Delícia.)

Em Os Elefantes Não Esquecem, Dame Agatha arranjou um alter-ego - a escritora de romances policiais Ariadne Oliver - para viver a aventura junto ao já querido inspetor Hercule Poirot. Os bichos do título não são bem bichos, nem aparecem (propriamente ditos) na trama. Mas vale a metáfora: seres quase pré-históricos que se lembram de tudo. A trama é singelinha, só um caso de disse-me-disse no passado da mocinha, com direito a noivo apaixonado e sogra encrenqueira.

Ariadne Agatha Oliver Christie (na versão televisiva)

Devo dizer que matei a charada lá pelo meio do livro, mas continuei para confirmar que era aquilo mesmo. Era. Nesta obra, Agatha Christie não joga nenhuma bola de efeito, como às vezes faz. Não é realmente um de seus best sellers... e daí?

Aproveitei o embalo e o prazo (um mês por livro) que estava longe de acabar, continuei no clima e encarei um dos "Mistérios dos Anos 40" que ganhei de mamã e papá no Natal, o simpático M ou N?. Um casal de meia-idade, agentes secretos tão secretos que nem os filhos sabem o que eles fazem da vida, sai de sua vida pacata para embarcar em uma missão durante a Segunda Guerra Mundial. A Quinta Coluna, os alemães, espiões e traidores já fariam da história um bom entretenimento mesmo que não fosse instrutiva.

Resumindo (post requentado é assim): sou fã e, quando crescer, quero escrever igual a ela. Incluindo os livros menos badalados. Para mim, she can do no wrong!

9.5.14

#DL - Ma dai, Roberto!?!

tema de abril: HYPE DO MOMENTO

(Já vi uma palestra sobre Dan Brown ser intitulada "Má literatura de alta qualidade". Eu, particularmente, prefiro chamar de "Harry Potter para adultos". O cara escreve, diverte e vende bem. Por que não lê-lo?)

Pois bem. Robert Langdom continua o mesmo. Rodando enlouquecido por uma cidade maravilhosa, cada vez acompanhado de uma mulher mais fascinante e misteriosa que a anterior (Alô, Sr. Édipo, favor comparecer ao balcão de informações!), e sempre atrás de uma obra de arte que lhe explique o sentido da vida. Desta vez o cenário é Florença, a companheira de aventuras é uma médica inglesa superdotada, e a obra é A Divina Comédia de Dante. A diferença está em uma inexplicável amnésia, e no fato de o próprio governo dos Estados Unidos estar à sua caça. Ou não.

"O poeta não morreu, foi ao Inferno e voltou"

Desde que li "O Código da Vinci", creio que a maior graça dos livros de Mr. Brown seja conhecer os locais visitados. A pesquisa de locações (por assim dizer) do cara é excepcional... e a trama enrola-e-desenrola, embora atraia a atenção do leitor, para mim acaba ficando em segundo plano. Inferno não foge da fórmula: vamos juntos numa corrida maluca para salvar o mundo. Se a motivação não for nobre o suficiente (e, neste livro, é), a paisagem fará tudo valer a pena. Minha cereja no bolo - ATENÇÃO! POSSÍVEL SPOILER - foi a passadinha relâmpago por Veneza, mesmo que tenham reduzido a cidade à Basílica de San Marco.

Agora, sinceramente, os casos platônicos do protagonista já deram o que tinham que dar. As langdom girls, que são pouco mais que bond girls com cérebros, aparecem no começo do livro e somem para sempre no final. Blá blá blá. São lindas, deixam o cara com as calças na mão, posam de vítima, dão um selinho nele e vão embora. Sem graça, hem?

Se até 007 se casou, acho que estava na hora do Professor Langdom ter uma parceira à sua altura. Alguém com menos forma e mais conteúdo. É só uma dica.


Para saber mais sobre o Desafio Literário, clique aqui.

1.5.14

'Bora trabalhar

Maio, mês de muitos começos na minha vida. Em 01/05/1982, minha família chegou a Brasília. Na noite de 28/05/1994, ao me apresentar no mítico Carnegie Hall de Nova Iorque, fui pega pela "mosca azul" na primeira viagem de coral das várias que fiz pelo mundo afora. Em 31/05/2001 encerraram-se minhas aulas da pós-graduação. Dia 21/05/2012 voltei (de vez?) a morar em São Paulo.

Aproveitando, então, esta conspiração universal para que os maios sejam turning points em meu caminho, lanço a mim mesma um desafio; ou melhor, dois:

- escrever algo todos os dias. Sim, começando hoje! Lista de compras e mensagem para os amigos não contam. Tem que ser um textinho - seja narrativo, descritivo ou dissertativo (e viva os professores de redação no segundo grau, KKKK) - ficcional ou não, para malhar meus músculos autorais. Espero que até o fim do mês não doa mais tanto.

- preparar um convescote em casa. Adoro receber os amigos, e o apê de Santa Cecília merece ser ocupado pela gente fina, elegante e sincera que me cerca. Não sei como nem quando (em qual dia exato), mas vou começar a agitar uma baguncinha qualquer. Se der certo, quero repetir o evento mensalmente.

Bom... agora vou deixar de promessas e arregaçar as mangas. Tenho muitas estórias e histórias para contar, uma casa e duas filhas felinas para cuidar, e um chuveiro quentinho me esperando antes de começar o rebuliço.