21.3.06

Rol das Peças Teatrais em Cartaz pelo Brasil afora - edição Curitiba

Impressões - "Um Homem é um Homem" com o Grupo Galpão

A peça começa de forma encantadora, com a banda tocando (no início, dá para pensar que eles não vão conseguir fazer uma música que preste). A idéia dos slides com pedaços do texto, das canções, etc. é muito legal, e remete aos desenhos animados "da bolinha", em que a gente acompanhava em coro as legendas na tela... Tudo é pensado para não ser rude; a maneira como os fatos são apresentados é muito suave, lúdica, e o público acaba até achando engraçadinho alguém que abandona sua vida e seus valores por não querer contrariar os outros (o que, na verdade, não tem graça nenhuma).


Visualmente, os soldados de pernas de pau e o protagonista baixinho fazem um jogo muito interessante. A platéia ri muito da mulher do Galy Gay, toda vez que ela diz "Gente!", e também da filha "peluda" da viúva Begbick.

São besteirinhas que agradam. É DISSO QUE O POVO GOSTA!

Adoráveis as tranças enormes das mulheres e os figurinos eurasianos. Só faz falta, para quem convive em meio musical, que a viúva seja mais fortemente interpretada, cantando hor-ro-res e sendo, sabe-se lá, um pouco mais cigana (com um pandeiro de fitas, talvez).

O fim da peça deixa um gostinho de Full Metal Jacket. Apesar de pesada (bom, ela trata de quem nós realmente somos versus quem queremos ser, não é?), a peça não cansa. Poderia ter mais uns quinze ou vinte minutos, quem sabe mostrar mais da desconstrução do Sargento, ou da indignação da Sra. Galy Gay... e não iria ser ruim.

É claro que tudo isso são críticas de uma não-crítica. O espetáculo é excelente, os atores maravilhosos, a trilha sonora uma delícia, e a coelha recomenda SEM RESSALVAS!!!

19.3.06

Brokeback Mountain

sem blá-blá-blá... (reencenado por coelhinhos, em 30 segundos)

http://www.starz.com/features/brokebackmountain/

16.3.06

Rol das Peças Teatrais em Cartaz pelo Brasil afora - edição Rio

Com muita preguiça para dedicar um post específico para cada espetáculo visto nesses primeiros meses de 2006, a coelha Jureminha estala suas patas bege e fofas e se põe a escrever assim mesmo, digitando tudo de carreirinha...

O primeirinho do ano foi Toda Nudez Será Castigada, montado pela Armazém Companhia de Teatro - a mesma que colocou a platéia para correr atrás da mocinha no maravilhoso Alice Através do Espelho - de forma envolvente... Tomemos como exemplo a cena em que o filho recrimina o pai por usar talco nos pés, acrescida do aroma e da nuvem de talco que se instalam por sobre o palco (Isso é envolvente, não?). A peça é uma surpreendente leitura de Nelson Rodrigues voltada para os sentimentos reprimidos de pena, culpa e revolta.

Em seguida (o quê? Dois dias depois?) toda a família se moveu para assistir a Antônio e Cleópatra, com os globais Caco Ciocler e Maria Padilha, em um megainvestimento de patrocínio dos Correios, da Eletrobrás e de várias empresas privadas, com direção de Paulo José e o escambau a quatro. Hmm... para ser delicada (a coelha reflete)... digamos que os atores principais, aparentemente com suas percepções alteradas quimicamente, decepcionaram. Flávio Bauraqui e Ana Kutner, no entanto, mandam bem. Talvez o figurino e o coro grego compensem o ingresso.

- CONTINUA -

4.3.06

Perdigueiro

Impressionante como macho gosta de cheiro de macho. Seis executivos, viajando juntos em um vôo não muito lotado, foram acomodados em quatro fileiras próximas, havendo até mesmo a famosa poltrona "do meio" vazia entre alguns deles. Pois não é que se mudaram todos para cadeiras coladas, só para poderem conversar melhor?

Bem que já dizia dame Rute Portugal, com a lapidar frase acima, que homens novos só aparecem na sua vida se você já tem um. Durante os anos que você passa solteira, na estiagem entre um namorado e outro, NADA.

Nenhum vizinho interessante, nenhum conhecido neo-descasado, nem um gatinho de 20 anos sequer dando sopa! Agora, experimente se arranjar com alguém - mas tem que gostar do cara; não pode ser mera enganação - e chovem garotões bronzeados, seus colegas de trabalho querem companhia para o chopp e amigos de longa data se divorciam às pencas... Está tudo errado.

Será que a culpa é dos feromônios?